Um estudo publicado na revista científica The Lancet feito por pesquisadores independentes mostra que a vacina contra a Covid-19 Sputnik V tem 91,6% de eficácia. Os resultados forma publicados nesta terça-feira (2/1).
A pesquisa foi feita entre os meses de setembro e novembro com 20 mil voluntários – maiores de 18 anos – divididos em dois grupos: um recebeu duas doses da vacina e o outro recebeu placebo, com três semanas de intervalo. Os casos de Covid foram apresentado em 4,9 mil voluntários que receberam o placebo e em 16 casos em voluntários que receberam a vacina.
Os resultados confirmam as afirmações iniciais da Rússia em novembro, de que a vacina apresentava 92% de eficácia. A afirmação foi recebida com criticas por não ter sido publicada em revistas científicas e não passaram por analise de outros cientista.
Como funciona a Sputnik V
A vacina é produzida pelo Instituto Gamaleya e se tornou a primeira vacina do mundo a apresentar eficácia contra a doença respiratória.
O Sars-Cov-2, causador da doença, possui várias proteínas que são usadas para entrar nas células humanas chamas de spike. Essas proteínas são algo tentador para potenciais vacinas e tratamentos.
A vacina Sputnik é baseada nas instruções genéticas do vírus para produzir esse tipo de proteína. Pelo contrário das vacinas Pfizer-BioNTech e Moderna, que armazenam as instruções em RNA de fita simples, a vacina Sputnik V usa DNA de fita dupla.
Os pesquisadores desenvolveram a vacina a partir de adenovírus, uma família de vírus causador do resfriado. Foi adicionado o gene da proteína spike e Sars-Cov-2 em dois tipos de adenovírus, um chamado de Ad26 e o outro de Ad25, que foram modificados para invadir as células, mas não replicar.
Sputnik V é um resultado de estudos feitos a décadas de vacinas com adenovírus. No ano passado, a primeira vacina com este tipo foi contra o Ebola, elaborada pela Johnson & Johnson.
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