O governador da Bahia, Rui Costa (PT), voltou a criticar a burocracia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a liberação da vacina russa Sputinik V no Brasil.
“Estamos pedindo que a Anvisa analise os estudos apresentados sobre a vacina, porque até agora ela se nega a analisar. Ela exige que sejam feitos testes no Brasil. Qual país no mundo está com essa exigência?”, questionou o governador.
“O que se espera da Anvisa é que ela diga se a vacina é segura ou não. Imagine se todos os países do mundo fizessem essa exigência. A humanidade só seria vacinada daqui a cinco anos”, completou.
Para ele, a burocracia com a questão “é algo irracional que não coloca em primeiro lugar a vida humana”.
O governo da Bahia quer comprar diretamente a vacina Sputnik V, sem a intermediação do governo federal, mas o imunizante não realizou a fase 3 de testes no Brasil —o requisito fundamental para que um laboratório possa pleitear um pedido de uso emergencial à Anvisa.
Segundo o chefe do Executivo, a Bahia fechou um acordo para o fornecimento de 50 milhões de doses. O governo entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir comprar a vacina. União Química Farmacêutica responsável pela produção da Sputnik V no país.
Rui defende que o Brasil tenha mais de dois imunizantes. No momento só está sendo aplicada, até mesmo nos baianos, a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac e a vacina da Universidade de Oxford junto a AstraZeneca em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Além dessas, o Governo Federal mantém negociações com a russa Sputnik V, do laboratório Gamaleya, Janssen, Pfizer e Moderna, dos Estados Unidos, e Barat Biotech, da Índia. O Ministério da Saúde garantiu a compra de 354 milhões de vacinas ainda este ano.
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