O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), escolheu o oncologista Nelson Teich para comandar o Ministério da Saúde anteriormente ocupado por Fernando Henrique Mandetta. A demissão de Mandetta foi junto com o anúncio do novo comandante nesta quinta-feira (16/04).
Assim como Mandetta, Teich defende o isolamento horizontal como forma de prevenção ao novo coronavírus. Em um artigo publicado em março, ele fala na importância das medidas como o isolamento social, a testagem em massa e o uso de projeções matemáticas no enfrentamento da pandemia.
O presidente Jair Bolsonaro já defendeu publicamente o que chama de “isolamento vertical”, menos rigoroso por ser restrito a grupos de risco, como pessoas acima de 60 anos.
Nelson Luiz Sperle Teich é formado em Medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer e doutor em Ciências e Economia da Saúde pela Universidade de York, no Reino Unido.
Ele foi consultor da área de saúde da campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Chegou a ser cotado para comandar a pasta à época. Fundou e presidiu o Grupo de Clínicas Oncológicas Integradas (COI) entre 1990 e 2018. Atualmente é sócio da Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.
De setembro do ano passado até janeiro deste ano, Teich atuou como, conselheiro e consultor da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, atualmente comandada por Denizar Vianna, com quem têm relação de proximidade. Vianna chegou até a ser cotado por Mandetta para compor a próxima gestão da pasta. Ele não mencionou o nome de Teich, mas afirmou que é um ótimo pesquisador, embora não conheça o SUS (Sistema Único de Saúde).
Em outro artigo escrito em março, sobre o coronavírus, o médico destaca as dificuldades enfrentadas pelo gestor de saúde em meio à pandemia e cita pontos que devem ser considerados nas tomadas de decisão.
“Não me coloco aqui como alguém que defende um lado ou outro, na verdade é o oposto, não pode existir lado. O fundamental é analisar criticamente e de forma contínua a situação e as projeções, integrando continuadamente a nova informação na análise. A informação que chega a cada dia precisa ser complexa, detalhada e em tempo real. É necessário rever diariamente a realidade, os cenários, as projeções e as ações. Como comentado, projeções e posições radicais e emocionais só levam a mais confusão e problema”, diz.
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