A teoria não é nova e já circula há vários meses, e muitos já a desmentiram também. Ainda assim, as palavras do controverso virologista francês Luc Montagnier, que venceu o prêmio Nobel da Medicina pela pesquisa sobre vírus do HIV, agitaram a comunidade científica.
Luc Montagnier, de 87 anos, concedeu uma entrevista ao site de saúde Porquoi Docteur durante a qual afirmou que o novo coronavírus foi concebido num laboratório do Instituto de Virologia em Wuhan por cientistas chineses, do qual teria saído de forma involuntária. O virologista disse que uma transmissão com origem num “mercado vivo” da cidade de Wuhan, epicentro da Covid-19, é uma “história da carochinha”.
O pesquisador afirma que uma sequência do vírus do HIV , que foi estudado por Montagnier, foi inserida no genoma do coronavírus na tentativa de fazer uma vacina contra o HIV, o que sugere que tenha sido criado em laboratório.
“É o trabalho de um aprendiz de feiticeiro”, atirou Luc Montagnier, que em 2008 venceu o prêmio Nobel da Medicina.
“O laboratório da cidade de Wuhan especializou-se neste tipo de coronavírus desde o início dos anos 2000. Eles têm experiência nessa área. Não fomos os primeiros, já houve um grupo de cientistas indianos que tentou publicar um estudo que mostrava que o genoma completo deste coronavírus possuía sequências de outro vírus, o HIV,”, explicou o especialista.
Luc Montagnier ainda afirmou que a China deveria reconhecer que errou ao “criar” a Covid-19, que já matou milhares de pessoas por todo o mundo.
“Os iranianos reconheceram que derrubaram um avião por engano. Os chineses também deveriam reconhecer o erro, pelo bem da ciência”, destacou.
As declarações do virologista foram prontamente criticadas. Um artigo publicado na revista científica Natural Medicine, afirma que há bastantes indicadores que comprovam que o vírus da Covid-19 teve origem natural e chegou ao nosso organismo através de mutações de animais.
Desde que recebeu o Nobel, em 2008, Luc Montagnier tem estado no centro de diversas polêmicas, e publicou vários artigos que foram muito mal recebidos pela comunidade científica.
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