O Ministério da Saúde assinou um contrato para compra de 10 milhões de doses da vacina russa contra a Covid-19 Sputnik V. A informação foi dada nesta sexta-feira (12/3).
A importação será feita pelo Laboratório União Química que representa o imunizante no Brasil. O laboratório é parceiro do Fundo Russo de Investimento Direto.
A distribuição começa no fim de abril quando será entregue 400 mil doses da vacina. O próximo carregamento de 2 milhões de doses deve acontecer no fim de maio. O restante deve ser entregue até o fim de junho.
Para a vacina ser aplicada nos brasileiros é necessário o registro ou aprovação do uso emergencial por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que já chegou a ignorar a análise por que não foi feita a fase 3 dos testes (teste em humanos) no Brasil. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, informou em nota, que espera que a empresa faça esse pedido à Anvisa com urgência.
O secretário-executivo da pasta ainda informou que as negociações começaram em agosto do ano passado.
A pasta não informou o valor do contrato. No entanto, de acordo com o governador do Piauí Wellington Dias, o valor será maior do que o negociado por governadores do Nordeste. Enquanto a pasta federal pagará US$ 13 por cada dose da Sputnik V, os estados irão pagará US$ 9,95.
Ele explicou que o valor é menor pois a negociação foi feita no ano passado e esperava apenas a liberação da Justiça para concretizar a negociação.
“Em agosto do ano passado, o presidente do Consórcio na época, Rui Costa, governador da Bahia, teve iniciativa de fazer um memorando de compra para 50 milhões de doses. Mas esbarramos na legislação, que não permitia compra que não fosse pelo Ministério da Saúde. Ficamos aguardando alterações. Agora tivemos a decisão do Lewandowski (ministro do STF) e foi sancionada lei que permite compra descentralizada”, explicou.
Dados dos estudos com cerca de 20 mil participantes apontaram que o imunizante teve 91,6% de eficácia. Desses, houve 16 contaminados que desenvolveram a Covid-19 com sintomas leves no grupo vacinado e 62, entre aqueles que tomaram placebo.
Para ter o aval da Anvisa, a vacina ainda precisa apresentar esses dados completos.
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