Santaluz – A palavra coronavírus não era conhecida pelos sisaleiros quando uma pneumonia de origem desconhecida chegou na província chinesa de Wuhan. Ou mesmo nem os cientistas sabiam que era o tipo de vírus que atuava. Naquela época, os cuidados com qualquer infecção não eram praticados.
Eis que Brasil confirma a primeira infecção e mais tarde a primeira morte provocada pelo coronavírus já descoberto como causador da falta de respiração em Wuhan. Nomeado de Covid-19, por surgir no final de 2019, o primeiro caso demorou para chegar na Região do Sisal.
Mas chegou. Foi um homem em São Domingos que se tornou o primeiro infectado da região na Bahia – que já tinha registrado casos. A partir daí o pânico tomou conta dos sisaleiros e os cuidados, antes inexistentes, foram tomados com maior urgência.
O que antes era algo distante, tornou-se próximo: a doença respiratória é contagiosa e pode levar a morte. Palco de alerta para a população, Araci foi o primeiro a registrar falecimento por Covid. Uma mulher idosa se tornou a primeira vítima sisaleira, a informação foi dada quando o número de infecções e mortes eram baixos, mas eram vidas.
O comércio foi fechado e a economia parada. Com o discurso de negacionismo e ódio pregado por políticos, os casos foram aumentando devido aos questionamentos e a ignorância. De boatos de que o vírus foi confeccionado em laboratório chinês a negação da existência foram um pontapé para as aglomerações e aumento expressivo de casos.
Serrinha e Conceição do Coité dispara em número de infecções. As ações duras dos órgãos públicos tornaram eficaz para conter a disseminação do vírus, como o fechamento total dos estabelecimentos e a suspensão das aulas presenciais contribuíram para a queda de infecções.
Meses se passaram e a região sisaleira da Bahia passa pela segunda onda da doença, o que chamou os políticos sem querer dar o crédito as aglomerações e os descuidos das eleições municipais. Sem dúvida, 2020 se tornou o “ano do terror mundial”.
Mas há uma notícia animadora para o ano de 2021: as vacinas contra o vírus mostraram eficácia comprovada e são envasadas e distribuídas para os países. Com um atraso significante, o Brasil começa imunizar sua população em janeiro.
Porém, aumento de casos expressivos em Santaluz de ativos e óbitos contribuíram para um aumento das infecções na região. O território chega a triste marca de 220 pessoas mortas pela doença respiratória no dia 29 de janeiro de 2020. O que se espera por muitos? Este número estagnar com a distribuição da vacina e o “novo normal” realmente chegar.
Que a doença mata e é necessário adotar os cuidados, a ciência desde o começo tentava explicar isso, mas se tornou óbvio quando os de perto começou a perder a luta.
Com o surgimento da pandemia e sua chegada no Território do Sisal, o Jornal do Sisal recebeu a missão de coletar os dados e expor aos leitores. Foi criado o JS Dados, o núcleo de jornalismo de dados do portal, que confecciona gráficos e coleta as informações das secretarias de Saúde dos 20 municípios que compõem a região.
Neste momento, são mais de 20,9 mil casos confirmados desde o início da pandemia. Sendo 19.529 considerados recuperados.
O Jornal do Sisal se solidariza com as famílias que perderam seus entes queridos para a Covid-19.
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