Região do Sisal

O que explica o aumento de casos de Covid-19 no Território do Sisal

As quantidades preocupam infectologistas e ala administrativa por temer novo fechamento no comércio e fragilização na economia.

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    A atualização do JS Dados feita neste sábado (03/12) mostrou o aumento exponencial de casos de Covid-19 no Território do Sisal, chegando a mais de 1,3 mil pessoas positivadas até o momento.

    As cidades com maior número de casos são Santaluz e Conceição do Coité, sendo que a primeira voltou a registrar aumento neste sábado depois de uma quinta-feira (01/12) de queda. As quantidades preocupam infectologistas e ala administrativa por temer novo fechamento no comércio e fragilização na economia.

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    O que explica esse crescimento, segundo especialistas, é a aproximação das férias e festas de fim de ano. As aglomerações recentes, como o período eleitoral, também explica o crescimento.

    Vale lembrar a presença da nova subvariante da ômicron, a BQ.1, que segundo especialistas é altamente transmissível. Em novembro os cientistas o previram o início de Dezembro com 100% da nova subvariante.

    “A Ômicron e suas subvariantes demonstraram sua capacidade muito efetiva de mudar geneticamente, de se replicar e ter erros nessa replicação e, com isso, formar vírus geneticamente diferentes que os fazem escapar da nosso sistema imune, ou seja, tanto pela infecção natural quanto pela vacinação”, disse a médica infectologista Rosana Richtmann, do Hospital Emílio Ribas, de São Paulo.

    “Nossos anticorpos deixam de reconhecer de uma forma plena essas subvariantes e, com isso, você consegue ter a infecção de uma forma leve, com uma capacidade muito grande de transmissibilidade, o que faz com que o vírus circule tanto”, completou Richtmann, que também culpou o afrouxamento das medidas preventivas como forma de ajudar a disseminação mais rápida do vírus.

    “Nós tivemos eventos como, por exemplo, as eleições, que facilitaram o encontro entre pessoas. Temos uma população com doses de reforço muito baixas”, disse.

    O Programa Nacional de Imunizações (PNI) mostra que existem mais de 77 milhões de pessoas que não receberam a dose de reforço das vacinas contra a Covid-19. Já 24 milhões de pessoas poderiam ter recebido a segunda dose de reforço contra a doença, mas ainda não se vacinaram.

    O esquema de vacinação primário contra a Covid-19 contempla duas doses para a maior parte das vacinas disponíveis, incluindo as da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, aplicadas no Brasil.

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