A cidade de Monte Santo está em meio a um lockdown — confinamento total — e com restrições mais duras no funcionamento dos comércios como forma de conter o alastramento do coronavírus. Mesmo com a medida, o número de ativos registrou aumento nesta quinta-feira (20/5), de acordo com o boletim da Secretaria Municipal de Saúde.
A determinação que restringe o acesso a população as vias públicas feita pela prefeita Silvana Matos foi bastante criticada pelos comerciantes, que realizaram um protesto em frente a prefeitura da cidade em busca da flexibilização do decreto.
Segundo revelou a Secretaria de Saúde do município, o total de casos ativos na cidade registrou aumento. Até o momento, 178 pessoas estão com o vírus circulando pelo corpo.
Alta quantidade fez com que a cidade sisaleira decretasse em junho do ano passado o lockdown — confinamento total — por cinco dias, quando era governada por Edivan de Almeida e havia 15 casos confirmados na época. O toque de recolher também foi instituído.
O lockdown de agora é semelhante ao do ano passado, podendo funcionar somente o serviço essencial como farmácias, postos de combustíveis, funerárias e serviços de saúde. Serviços de distribuição de gás e alimentos poderão funcionar no modo delivery.
Assim como Monte Santo, o Brasil em si vive o pior momento da pandemia com alta de casos e mortes. Com o cenário de alta, acendeu o debate sobre a necessidade do lockdown, mas a medida é politizada e duvidada por gestores. Para os especialista, a medida é necessária para frear a disseminação da doença e o surgimento de novas variantes do coronavírus.
De acordo com a microbiologista Natália Pasternak, a necessidade da população perante a visão dos especialistas é a imposição de lockdown por 15 dias ou mais. “O que a gente realmente precisa é uma mão mais pesada, impor um lockdown de pelo menos 15 dias a três semanas. Precisamos de lockdown porque a situação é uma calamidade”, alertou em entrevista a CNN Brasil.
O posicionamento de não impor tal medida parte da principal liderança brasileira, o presidente Jair Bolsonaro critica a forma de “prender as pessoas em casa”. Ele já deixou claro que as Forças Armadas não irão as ruas para força a população de ficar em casa e falando publicamente é que não apoia a ‘política de fecha tudo’.
“O nosso Exército, se precisar, iremos para as ruas não para manter o povo dentro de casa mas para restabelecer todo o artigo 5 da Constituição. E se eu decretar isso vai ser cumprido esse decreto. As Forças Armadas podem ir para a rua sim. para fazer valer o artigo 5, direito de ir e vir, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores, prefeitos”, afirmou.
Mesmo com a alta no número de ativos, a quantidade de vacinados contra a doença respiratória em Monte Santo é uma das maiores em relação as cidades do território sisaleiro. Na plataforma da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até o momento, mais de 10,8 mil doses foram aplicadas, ficando em terceiro lugar nos que mais administraram.
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