Nesta quarta-feira (6/11), a Polícia Federal (PF) incinerou aproximadamente oito toneladas de pó de ‘mimosa hostilis’, conhecida como ‘jurema negra’. O material contém dimetiltriptamina (DMT), uma substância alucinógena usada como princípio ativo na produção da ayahuasca.
A operação que resultou na apreensão do material foi a Operação ROOTS, deflagrada pela PF em outubro deste ano para combater o tráfico internacional de pó de jurema negra. O material era destinado a países como Chile, Bulgária, Canadá e Argentina.
As ações ocorreram nas cidades de Navegantes (SC), Buri (SP) e Conceição de Coité, na região sisaleira da Bahia. Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de prisão, nove de busca e apreensão, além do sequestro de bens e ativos financeiros dos envolvidos.
As investigações começaram em dezembro de 2022, após uma apreensão de drogas em San Miguel, no Chile, que resultou na interceptação de 70 kg de DMT, 198 kg de mescalina e 358 kg de maconha. Segundo a PF, os investigados fazem parte de um mesmo grupo familiar, apontado como responsável pelo esquema de tráfico.
O transporte das substâncias até o local de incineração foi realizado com o uso de dois caminhões. A destruição do material foi autorizada pela Justiça Federal em Feira de Santana e contou com o apoio da Companhia de Proteção Ambiental (Coppa) da Polícia Militar.
O que é jurema negra?
O pó, produzido no processo de trituração da casca da planta, contém dimetiltriptamina (DMT), uma substância psicodélica e alucinógena, também conhecido como “molécula de espírito”, sendo o princípio ativo da mistura do ayahuasca.
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