A Secretaria Especial de Comunicação do governo Bolsonaro usou o lema associado ao nazismo “O trabalho liberta” para divulgar as ações que o governo vem tomando para enfrentamento da pandemia de coronavírus. A publicação foi feita no Twitter neste domingo (10/05).
“Parte da imprensa insiste em virar as costas aos fatos, ao Brasil e aos brasileiros. Mas o governo, por determinação de seu chefe, seguirá trabalhando para salvar vidar e preservar o emprego e a dignidade dos brasileiros. O trabalho, a união e a verdade libertarão o Brasil”, escreveu o órgão. (Veja acima).
Segundo o chefe da secretaria Fabio Wajngarten, ouvi má interpretação no texto divulgado pelo governo. Ele usou o Twitter para criticar a matéria do portal UOL. “É impressionante: toda medida do governo é deformada para se encaixar em narrativas. Na campanha, faziam suásticas fakes; agora, se utilizam de analfabetismo funcional para interpretar errado um texto e associar o governo ao nazismo, sendo que eu, chefe da Secom, sou judeu!”, escreveu na rede social.
É impressionante: toda medida do governo é deformada para se encaixar em narrativas. Na campanha, faziam suásticas fakes; agora, se utilizam de analfabetismo funcional para interpretar errado um texto e associar o governo ao nazismo, sendo que eu, chefe da Secom, sou judeu! pic.twitter.com/Q2GiWc5LKD
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) May 10, 2020
A frase (“Arbeit macht frei”, em alemão) ficou conhecida por estampar as entradas de diversos campos de concentração do regime nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. A frase estampava os portões do campo de concentração nazista em Auschwitz, e foi feita por prisioneiros com habilidades metalúrgicas.
Esta não é a primeira vez que os integrantes do governo Bolsonaro usa frases do nazismo. Em janeiro, o então secretário de Cultura, Roberto Alvim, ao divulgar o Prêmio Nacional das Artes, novo programa de sua pasta, ele usou através de paráfrase o discurso de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha nazista.
Segundo ele, a premiação viria para reconhecer que a arte brasileira dos próximos anos será “heroica, nacional e imperativa”, adjetivos semelhantes aos usados por Goebbels em discurso feito a diretores de teatro.
Ele foi demitido e após dias sem chefia, a pasta passou a ser comandada pela atriz Regina Duarte.
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