Política

Moraes ordena extinção da ação de Bolsonaro sobre rádios: “Objetivo de tumultuar eleições”

Ele determinou a instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade.

Agência O GLOBO
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    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, ordenou a extinção da ação movida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para apurar supostos boicotes de rádios às inserções do presidenciável.

    Segundo o tribunal, o material anexado para confirmar as alegações não apresenta indícios mínimos de irregularidades. A ação pedia a suspensão da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) das rádios e o ministro tratou a acusação como “extremamente séria” e pediu a apresentação de documentos sérios que comprovassem a acusação.

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    Na determinação, Moraes afirmou que as acusações de Bolsonaro tem como “finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito em sua última semana”. “Oficie-se, ainda, a Corregedoria-Geral Eleitoral, para instauração de procedimento administrativo e apuração de responsabilidade, em eventual desvio de finalidade na utilização de recursos do Fundo Partidário dos autores”, decidiu o ministro.


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    Auditória de Bolsonaro

    Um levantamento contratado pela campanha de Bolsonaro afirma que o atual presidente teve 154.085 inserções a menos que seu concorrente. Segundo Faria e Wajngarten, na semana de 7 a 14 de outubro, foram 12 mil inserções a menos. E na semana seguinte, dos dias 14 a 21, foi para mais de 17 mil. “O lugar mais forte disso é o Estado da Bahia. Só na primeira semana, foram mais de 7 mil a mais para Lula”, defenderam.

    Em um requerimento apresentando ao TSE, Bolsonaro solicitou a “imediata suspensão da propaganda de rádio” da campanha de Lula.

    Bolsonaro comentou sobre o fato durante seu discurso em Teófilo Otoni, no interior de Minas Gerais. “Mais uma do TSE. Vocês estão acompanhando. As inserções do nosso partido que não foram passadas em dezenas de milhares de rádios pelo Brasil. Sou vítima, mais uma vez. Onde poderiam chegar as nossas propostas, nada chegou”, disse.

    “O que foi feito, comprovado por nós, pela nossa equipe técnica, é interferência, é manipulação de resultados. Eleições têm que ser respeitadas, mas, lamentavelmente, PT e TSE têm muito o que explicar nesse caso”, declarou.

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