O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) poderá investigar o juiz Marcelo Bretas por participar de eventos políticos com o presidente Jair Bolsonaro. Ele foi visto com o pré-candidato à reeleição da prefeitura do Rio, Marcelo Crivella e o presidente, durante a inauguração da alça de ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha, e em uma festa evangélica na praia.
O pedido de abertura de processo administrativo disciplinar foi feito pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta segunda-feira (17/02/2020) ao corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins. Martins pede que o Tribunal apure se houve a prática de “atos de caráter político-partidário” e de “superexposição e de autopromoção”.
De acordo com o Uol, a OAB apresentou reclamação disciplinar ao conselho alegando que Bretas praticou atividades de natureza política vedadas aos juízes. Pelo mesmo motivo, o MPF (Ministério Público Federal) enviou na tarde de hoje ofício com pedido de investigação à Corregedoria do TRF-2. Ele também foi mencionado em ofício enviado pela Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro ao Ministério Público Estadual em pedido de abertura de procedimento investigatório eleitoral.
Em sua conta no Twitter nesta manhã, o juiz esclareceu que o convite para a participação no encontro foi feito por Bolsonaro e afirmou não saber previamente da presença de outros políticos.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Na tarde do último dia 15 de fevereiro, recebi do Sr Presidente da República o honroso convite para acompanhá-lo em sua agenda oficial no Rio de Janeiro.
— Marcelo Bretas (@mcbretas) February 18, 2020
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