Política

“Fui contra vacina obrigatória, não sou negacionista”, diz Bolsonaro

Bolsonaro ainda negou que chamou a doença de “gripezinha”.

Pilar Olivares/Reuters
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    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (3/6), durante uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, que nunca foi contra a vacinação e sim não apoiava a obrigatoriedade da imunização contra a covid-19.

    Como forma de minimizar os ataques feitos por ele, o mandatário afirmou ainda não ser negacionista. “As pessoas me acusam de ser contra a vacina. Eu fui contra a vacina obrigatória. Não sou negacionista”, disse.

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    Bolsonaro ainda negou que chamou a doença de “gripezinha”. “Usaram meu vídeo dizendo que era uma gripezinha. Eu disse que era uma gripezinha para mim, com meu porte de atleta”, disse.

    No dia 17 de maio do ano passado Bolsonaro estava ao vivo em rede nacional afirmando que a doença respiratória era uma “gripezinha” ao louvar seu “histórico de atleta”.

    “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão. Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença”, disse Bolsonaro na época em um discurso que pedia a volta normalidade e o fim das restrições impostas pelos estados. Na época, o país contabilizava 47 mortos.

    “Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não, tá ok? Se o médico ou o ministro da Saúde me recomendar um novo exame, eu farei. Caso contrário, me comportarei como qualquer um de vocês aqui presentes”, falou aos jornalistas em 20 de março de 2020, depois de ter se submetido a dois testes para detecção do coronavírus com resultados negativos.

    O presidente dedicou seu tempo destinado para aconselhar seus apoiadores sobre os cuidados com o coronavírus  para fazer ataques a imprensa, alimentação do negacionismo e a propagação sem fundamento de medicamentos sem eficácia comprovada.

    Seus comportamentos influenciou de maneira intensa nas negociações de vacinas quando voltou a sugerir que a China havia criado a doença e que o país faz “guerra biológica”. Isso fez o Brasil ficar dias sem insumos para a produção de imunizantes.

    Os atos do seu governo na pandemia estão sendo escancarados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, com intuito de apurar a omissão do executivo federal na crise sanitária, a qual ele chama de “CPI da Palhaçada”.

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