Política

Cadê o prefeito? MP investiga suposto sumiço de gestor e se “não eleitos” comandam a prefeitura

O MPCE investiga se a prefeitura está na gerência de assessores e pessoas próximas ao prefeito

Reprodução / Instagram / José Maria Lucena
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    O suposto sumiço do prefeito de Limoeiro do Norte, no Ceará, está sendo investigado pelo Ministério Público do estado (MPCE), após denúncia apresentada por um vereador da oposição. Segundo o edil, o prefeito José Maria Lucena (PSB), 77 anos, está ausente há mais de 15 dias por problemas de saúde e a vice-prefeita, com quem o gestor é rompido, não foi empossada.

    Segundo o MPCE, a prefeitura estaria sendo comandada por pessoas próximas a Lucena por causa de sua condição de saúde. Diversos vereadores e a vice-prefeita Dilmara Amaral (PDT) alegaram dificuldade em ver o prefeito.

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    “A última aparição pública dele foi em janeiro. A família e a Prefeitura não se posicionam. Desde janeiro a gente não tem nenhuma notícia da saúde do prefeito. Já tentei conversar com ele, mas sem sucesso”, afirmou Amaral.

    A gestão argumenta que o prefeito “está bem” e que é de conhecimento de todos em Limoeiro que ele faz hemodiálise, “mas isso não o impede de exercer sua função”. Ao jornal O Povo, Junior Moreira, que se identificou como representante do gabinete, negou as acusações e que o prefeito “tem despachado normalmente toda semana na Prefeitura”.

    “O que acontece, é que isso se trata de manobra política, de alguns políticos da oposição local, que tentam fragilizar a imagem do prefeito”, afirma Moreira. Ele disse que o prefeito está bem.

    O órgão fiscalizador pediu para a gestão se pronunciar sobre o assunto, mas as respostas dos advogados do prefeito, segundo o promotor, Felipe Carvalho de Aguiar, não foram suficientes para esclarecer os fatos. O promotor determinou a abertura de um procedimento administrativo pedindo providências, convocando o prefeito e pessoas próximas para prestar depoimento no dia 30 de março.

    Caso sua ausência sem aprovação da Câmara Municipal seja comprovada, Lucena estaria violando o artigo 62 da Lei Orgânica de Limoeiro do Norte, que prevê que o prefeito “não poderá, sob pena de perda do mandato, ausentar-se do município por prazo superior a quinze dias, sem prévia licença da Câmara”.

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