Política

Bolsonaro chama Moro de covarde: ‘Graças a Deus ficamos livres dele’

Moro rompeu com o governo e deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Adriano Machado
  • Por Jornal do Sisal

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    O presidente Jair Bolosnaro (sem partido) disparou contra o ex-ministro Sergio Moro ao conversar com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira (01/05). Moro rompeu com o governo e deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    “Para vocês entenderem quem estava do meu lado, essa IN (Instrução Normativa) 131 é da PF, mas por determinação do Moro. Ignorou decretos meus para dificultar a posse de arma de fogo para as pessoas de bem”, disse o presidente.

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    “Assim como essa IN, tem uma portaria também que o ministro novo revogou que, apesar de ter força de lei, ela orientava a prisão de civis”, disse Bolsonaro na manhã desta segunda.

    “Por isso que naquela reunião secreta o Moro ficou calado de forma covarde. E ele queria ainda uma portaria depois que multasse quem estivesse na rua… Perfeitamente alinhado com outra ideologia que não a nossa. Graças a Deus ficamos livres dele”, completou.

    O mandatário ainda voltou a defender a flexibilização de posse de armas legal.

    “Arma legal não é para cometer crimes, mas para evitar crimes. Vagabundagem que sempre é defendida pela mídia tem arma ilegal. Tanto que a campanha do desarmamento nunca foi para cima de quem tinha arma ilegal, mas para cima do cidadão de bem. E naquela reunião reservada que foi classificada como secreta, não falei que o povo armado jamais será escravizado? O povo armado de forma legal.”

    Logo depois,  Moro publicou uma nota em suas redes sociais rebatendo as declarações de Bolsonaro.

    “Sobre políticas de flexibilização de posse e porte de armas, são medidas que podem ser legitimamente discutidas, mas não se pode pretender, como desejava o presidente, que sejam utilizadas para promover espécie de rebelião armada contra medidas sanitárias impostas por governadores e prefeitos, nem sendo igualmente recomendável que mecanismos de controle e rastreamento do uso dessas armas e munições sejam simplesmente revogados, já que há risco de desvio do armamento destinado à proteção do cidadão comum para beneficiar criminosos”, escreveu Moro.

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