Bolsonaro ataca Maia: “Parece que intenção é me tirar do governo”

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de querer lhe tirar da presidente. Ele ainda falou que Maia resolveu “assumir o papel do Executivo” e que as medidas adotadas pela Câmara para minimizar os efeitos da pandemia de coronavírus como “péssima”.

Em entrevista a CNN Brasil o chefe de Governo criticou: “Eu lamento a posição do Rodrigo Maia, que resolveu assumir o papel do Executivo. Eu respeito ele, mas ele tem que me respeitar. Lamento a postura que ele vem tomando. Mas o sentimento que eu tenho é que ele não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal. Parece que a intenção é me tirar do governo”

Bolsonaro seguiu atacando Maia afirmando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem mais contato com a Câmara dos Deputados e que as propostas vindas do Congresso podem ‘destruir a economia’ do Brasil.

“O ministro Paulo Guedes não tem mais contato com o Maia. Parece que a intenção é outra com o Rodrigo Maia. Ele está conduzindo o Brasil para o caos. Não temos como pagar uma dívida monstruosa que está aí. Não temos recursos. A intenção é esculhambar a economia para enfraquecer o governo para eles voltarem em 2022? Não estou pensando em política. Com o Brasil indo bem, todo mundo vai bem. Ele vai ser reeleito e voltar a ser presidente da Câmara. Não é uma luta aqui agora. É uma luta nossa a favor do Brasil. Essas medidas que estão sendo aprovadas são escandalosas”, desabafou.

“O Brasil não merece o que o Rodrigo Maia está fazendo com Brasil. Não é a atuação da Câmara, é atuação dele. Me desculpa, Rodrigo Maia, mas péssima sua atuação. Quando você fala em diálogo, a gente sabe qual é. E não estou rompendo com o Parlamento, muito pelo contrário. É a verdade que deve ser dita”, finalizou Bolsonaro.

A emissora procurou o presidente da Câmara, que falou que o presidente “quer mudar o tema”, em relação a demissão de Fernando Henrique Mandetta que ocupava o cargo de ministro da Saúde. “O presidente joga pedras e o parlamento joga flores”, disse Maia

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