Resumo
- Segundo Aziz, ele usou o habeas corpus concedido pelo STF para mentir na CPI
- Os senadores da comissão foram criticados por não aproveitar o depoimento de Pazuello
- O ex-ministro tentou blindar o presidente Bolsonaro e mentiu ao menos 14 vezes
- O senador Alessandro Vieira apresentou um requerimento reconvocar o general
Frustrado com o depoimento do ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que irá convocar novamente o ex-ministro para depor.
Para ele, Pazuello fez uso do habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para mentir na comissão sem ser preso. Aziz integra o time de senadores que foram criticados por não aproveitar o depoimento de Pazuello, o mais aguardado na CPI.
“Ele estava com um habeas corpus debaixo do braço, que permitia que falasse o que quisesse. Por isso, está sendo reconvocado. Vai ser reconvocado quarta-feira (26/5) e a gente espera que possa trabalhar sem a ingerência do Supremo (Tribunal Federal) nessa questão. Até porque, se o ministro (Ricardo) Lewandowski assistiu, ele vai dizer: ‘Não posso dar um habeas corpus de novo para o cara mentir”, disse ele em uma live com o grupo jurídico Prerrogativas, neste sábado (22/5).
O habeas corpus foi concedido ao general pelo ministro do STF Ricardo Lewandowski, dando-lhe direito de ficar em silêncio em perguntas que possam o incriminar e serem usadas como prova contra si.
Na sua passagem pela CPI na quarta (19/5) e quinta-feira (20/5), Pazuello tentou blindar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e mentiu ao menos 14 vezes.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um requerimento, nesta sexta-feira (21/5), para reconvocar Pazuello. Vieira alegou que os esclarecimentos do ex-ministros foram regados de contradições, defendendo também a necessidade de “esclarecer as dubiedades do depoimento de Pazuello”.
Para que um novo depoimento ocorra é necessário a votação dos senadores integrantes da CPI, que deve acontecer na quarta, conforme sinalização do presidente do colegiado.
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