O cantor R. Kelly foi condenado a 20 anos de prisão nesta quinta-feira (23/2) por pornografia infantil, depois de um júri descobrir que ele havia produzido três vídeos de si mesmo abusando sexualmente de sua afilhada de 14 anos. As informações são do New York Times.
O juiz decidiu que todos, exceto um ano da sentença de prisão, seriam cumpridos ao mesmo tempo que uma sentença anterior de 30 anos que o Sr. Kelly recebeu depois que um júri no Brooklyn o condenou por extorsão e tráfico sexual.
Na prática, apenas um ano foi acrescido no número total de anos que o cantor deve ficar na prisão. Ele está com 56 anos e deve seguir preso até entrar nos 80 anos.
Os promotores federais argumentaram que Kelly merecia 25 anos de prisão além da sentença anterior, citando a “falta de remorso” do cantor como uma razão pela qual ele representaria um perigo para a sociedade se fosse libertado.
“A única maneira de garantir que ele não reincidirá é impor uma sentença que o mantenha na prisão pelo resto de sua vida”, disse Jeannice Williams Appenteng, uma das promotoras, no tribunal na quinta-feira.
Uma advogada de Kelly, Jennifer Bonjean, argumentou que seu cliente “provavelmente morreria na prisão de qualquer maneira”, mas que, se não o fizesse, não representaria uma ameaça na velhice. Ela está apelando das condenações em Brooklyn e Chicago.
Condenação anterior
R. Kelly foi condenado em junho de 2022 a 30 anos de prisão por chefiar durante décadas uma rede de exploração sexual de mulheres e adolescentes.
A juíza Ann Donnelly proferiu a sentença em uma corte federal de Nova York, nos Estados Unidos, quase um ano depois de Kelly, de 55 anos, ter sido condenado por um júri no estado. Ele respondia a acusações de extorsão e uma série de outros crimes.
Em setembro de 2022, Kelly, que já foi um dos mais populares do R&B nos Estados Unidos, foi condenado em Chicago por abuso sexual de menores e pornografia infantil.
Ele já tinha evitado uma condenação em 2008, quando foi considerado inocente de 14 crimes em julgamento sobre pornografia infantil.
Nascido Robert Sylvester Kelly, o cantor enfrentava uma acusação de crime organizado e oito violações da Lei Mann, que proíbe o transporte de pessoas através dos limites estaduais para fazer sexo. Ele negava todas as acusações.
Procuradores federais acusavam o cantor de comandar um séquito de empresários, seguranças e outros que recrutavam mulheres e meninas para ele fazer sexo e abusar, além de produzir pornografia, inclusive infantil.
Entre as acusações pela qual foi condenado, estavam a de que Kelly subornou um funcionário do governo que deu a permissão para que ele se casasse com a cantora Aaliyah (1979-2001) em 1994, quando ela tinha apenas 15 anos.
Com informações do New York Times e G1.
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