Justiça

Empresário natural de Valente é preso por manter 150 trabalhadores em condições análogas à escravidão

Os homens, maioria da Bahia, foram encontrados em um alojamento em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul

Polícia Rodoviária Federal/Divulgação
  • Por G1

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    Nesta quinta-feira (23/2), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou 150 trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. A polícia prendeu o responsável pela empresa que mantinha os trabalhadores nessas condições.

    O empresário de 45 anos é natural de Valente, na Região do Sisal, na Bahia, e segundo a PF a empresa tem contratos com diversas vinícolas da região, prestando serviços de apoio administrativo. Os trabalhadores teriam sido contratados para atuar na colheita da uva.

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    A polícia chegou ao local onde os trabalhadores escravizados estavam depois de três pessoas que também trabalhavam para a empresa procurar uma unidade operacional em Caxias do Sul para dizer que tinha fugido de um alojamento que eram mantidos contra a vontade.

    Os policiais entraram em contato com o Ministério Público do Trabalho e Emprego (MTE) e a Polícia Federal (PF), que mandaram equipes para o local. A situação descrita pelos trabalhadores foi confirmada pelos policiais.

    A polícia informou que a maioria dos homens encontrados no alojamento são da Bahia, sendo recrutados em seus estados de origem para trabalhar no Rio Grande do Sul, mas ao chegar no local encontravam a situação diferente da prometida.

    Eles tinham que enfrentar atrasos e baixo salário, violência física, lonjas jornadas de trabalho e oferta de alimentos estragados. Também disseram que eram coagidos a permanecer no local sob a pena de pagamento de uma multa por quebra do contrato de trabalho.

    O MTE diz que vai analisar individualmente os direitos trabalhistas de cada trabalhador para a buscar a devida compensação. Com informações do G1.

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