Deolane Bezerra volta ao presídio no Recife após descumprir medidas cautelares

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Nem deu tempo de se acostumar com o silêncio forçado. Deolane Bezerra, influenciadora digital e advogada, viveu dias de “descanso” em casa, monitorada por uma tornozeleira eletrônica, até que a Justiça decidir que ela voltaria para a prisão por violar a regra de silêncio imposta pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

A sequência de eventos que levou à decisão aconteceu no momento em que Deolane saiu da Colônia Penal Feminina do Recife. Cercada por jornalistas e admiradores, ela não resistiu à tentação de dar seu recado. Entre críticas e protestos, a influenciadora descreveu sua prisão como “criminosa” e abusiva, alegando que não podia falar sobre o processo. Curiosamente, logo depois do pronunciamento, sua conta no Instagram também não se calou: uma foto dela com uma fita na boca em formato de “X” foi publicada, acompanhada da legenda “Carta aberta…”.

Além de não poder se manifestar nas redes sociais e na imprensa, Deolane estava proibida de ter contato com outros investigados e deveria permanecer em casa todos os dias da semana, inclusive nos fins de semana. A quebra dessas medidas fez com que a 12ª Vara Criminal decidisse pela revogação da prisão domiciliar.

A influenciadora segue para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito. Segundo informações, a próxima parada pode ser a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco. O destino de Deolane, no entanto, ainda depende das próximas decisões judiciais.

A empresária e advogada havia sido beneficiada anteriormente por um habeas corpus coletivo, concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018. Esse benefício substitui a prisão preventiva por domiciliar para gestantes, lactantes e mães de crianças de até 12 anos. Deolane é mãe de uma menina de 8 anos, o que inicialmente a livrou da prisão convencional.

Enquanto isso, a mãe de Deolane, Solange Bezerra, continua presa, após ter seu pedido de habeas corpus negado. Mesmo com toda a influência nas redes, o silêncio jurídico pesou mais do que o digital, e as medidas cautelares acabaram levando a uma revogação nada desejada.