A Controladoria-Geral da União (CGU) montou um relatório que analisa as situações das creches e pré-escolas mantidas pelo próprio governo na rede pública de educação infantil. As instituições nem sempre oferecem vagas para os mais necessitados nem professores capacitados para o atendimento de crianças especiais.
O levantamento, feito por amostragem em cerca de 80 escolas de cidades com até 50 mil habitantes, mostra que mais da metade das instituições não priorizam a matrícula de crianças em situação vulnerável. Além disso, em 41% das escolas a CGU não encontrou sequer um projeto pedagógico, importante para orientar as atividades escolares; 74% dos professores não têm capacitação para atendimento de crianças com deficiência; 46% nem participaram de cursos de formação continuada; e mais de 20% ganham menos do que o piso salarial nacional da categoria. Por fim, quase a metade das escolas não tem nem brinquedos para as crianças no pátio.
Em entrevista ao Jornal Nacional, na TV Globo, exibida nesta terça-feira (22/12), o secretário de Educação, Fábio Bastos, disse que a educação continuada faz muita falta no município.
“De fato, nós enfrentamos diversas dificuldades. Uma dessas dificuldades que nós podemos mencionar que é exatamente a formação continuada de professores. O próprio município há anos que não oferece uma formação continuada a esses professores. Então nós entendemos que, para avançar na educação, nós precisamos de diversos fatores, e um desses fatores muito importante é o professor extremamente qualificado, é o professor confortável para trabalhar”, analisa.
A CGU pediu melhorias ao sistema educacional ao Ministério da Educação (MEC), preparando um plano com metas, responsabilidades e prazos para alcançar os parâmetros nacionais de qualidade. Entre os itens desse plano, segundo a CGU, devem estar: um plano de carreira e formação continuada para os professores; priorização de matrículas para crianças em situação de vulnerabilidade; apoio à elaboração de um projeto pedagógico para as escolas que não têm; e o respeito a uma proporção adequada de aluno-professor dentro de sala da aula. Com informações do G1.
Este tipo de formação se entende como um processo permanente de aprendizado do docente, realizado após a formação inicial, com principal objetivo garantir um ensino melhor as educandos e desta forma ajuda a comunidade na qual a escola está inserida.
Siga o Jornal do Sisal no Google News e seja alertado quando uma notícia na sua região for postada. Clique aqui!
Comentários