Economia

Por falta de dinheiro, brasileiros trocam refeições tradicionais por coxinha e pastel

O que responde a esse aumento de compras de salgados é a inflação, pois o preço da refeição aumentou muito em relação ao preço dos salgados

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    Devido ao aumento do preço dos alimentos que compõem a refeição tradicional, como arroz e feijão, o brasileiro tem trocado por opções mais baratas, como coxinha e pastel, é o que aponta a pesquisa da Kantar, divulgada pelo jornal Estadão.

    Os dados foram observados por meio de um aplicativo mostrou que no ano passado 170 milhões de pessoas consumiram mais salgados que em 2019. Por outro lado, diminuiu em 247 milhões o número de pratos prontos.

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    O que responde a esse aumento de compras de salgados é a inflação, pois o preço da refeição aumentou 21% enquanto o valor do salgado teve alta de 10%, segundo explicou o gerente sênior de Consumo Fora do Lar e responsável pela pesquisa, Hudson Romano.

    A troca da refeição pelo salgado foi puxada pelas classes de menor renda [C, D e E], que registram aumentos nos preços do prato feito por causa da alta das commodities, como arroz, feijão, carnes e óleo – ingredientes básicos dessas refeições.

    A pesquisa observou o consumo de alimentos e bebidas fora de casa de 4 mil adultos, representando o comportamento de 48 milhões de pessoas que vivem nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre.

    No período analisado, o preço médio da refeição fora de casa cresceu 36% para as classes D e E; 24% para classe C; e recuou para classes A e B, que geralmente inclui outros ingredientes, aponta o estudo.

    “Como o salário médio não cresceu na mesma velocidade de outros custos da alimentação fora de casa, que foram muito fortes, o bolso ficou mais apertado. Isso não quer dizer que o brasileiro tenha abandonado o restaurante. Mas, se antes comia pratos [prontos] três vezes na semana, agora diminuiu para duas, porque o dinheiro não dá”, explicou Romano.

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