Economia

Guedes diz que não é ele que define valor do auxílio emergencial

O chefe da Economia se reuniu com autoridades políticas nesta segunda (8/2).

Marcos Corrêa/PR
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    O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (8/1), que não é o responsável pela definição do valor do auxílio emergencial. A fala dele ocorre após a revelação de que o seu ministério estuda um novo auxílio com o valor de R$ 200.

    “Não sou eu (quem decide). Isso é todo mundo junto”, disse Guedes após um pronunciamento na Câmara dos Deputados, sobre o projeto de autonomia do Banco Central (BC).

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    O chefe da Economia no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o relator da proposta na Casa, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). expectativa é de que o projeto, já aprovado no Senado, seja votado na Câmara até quarta-feira (10/1).

    Sobre a assistência emergencial, Guedes afirmou que ainda é uma questão é “mais difícil”. Segundo ele, o governo discute sobre o assunto, mas é necessário ter compromisso com a responsabilidade fiscal.

    A fala do ministro vem depois de Bolsonaro acenar positivo para a prorrogação do auxílio emergencial em uma entrevista a TV Bandeirantes.

    “Eu acho que vai ter. Vai ter uma prorrogação. Foram cinco meses de 600 reais e quatro meses de 300. O endividamento chegou na casa dos 300 bilhões. Isso tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal”, disse o presidente, sem especificar o valor.

    Karime Xavier/Folhapress

    As discussões sobre o benefício intensificaram com a pressão do Congresso para que o governo federal apresente um projeto de assistência aos mais afetados da pandemia. Bolsonaro reconhece a necessidade da volta dos pagamentos, mesmo afirmando em janeiro que a retomada quebraria o país.

    O auxílio emergencial foi criado em 2020 para socorrer os trabalhadores informais e a famílias de baixa renda durante a pandemia de coronavírus, sendo R$ 50 bilhões mensais gastos com as parcelas de R$ 600.

    Neste domingo (7/1, o jornal Folha de S.Paulo revelou que o ministério de Guedes prepara uma proposta que libera três parcelas de R$ 200, com foco nos trabalhadores informais não atendidos pelo Bolsa Família. A ideia é também estabelecer novas exigências para o recebimento do benefício, que deve ser chamada de BIP (Bônus de Inclusão Produtiva).

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