Por causa da pandemia, a fábrica de calçados da Azaleia, localizada em Itapetinga, no Sudoeste da Bahia, decidiu encerrar o funcionamento e demitiu cerca de 600 funcionários, conforme noticiou a TV Bahia.
Os desligamentos já começarão a acontecer nesta sexta-feira (29/05). De acordo com a matéria, o Sindicato de Calçados de Itapetinga informou que as demissões foram justificadas para a redução de custos com os transportes dos trabalhadores, que moram em outras cidades como Macarani, Itambé, Itororó, Firmino Alves e Caatiba.
Ao todo, a unidade tem 640 funcionários, sendo que 600 vivem em cidades circunvizinhas e apenas 40 moram em Itapetinga. O sindicato acrescentou que conseguiu um acordo com a empresa e, se os funcionários quiserem morar em Itapetinga ou irem para o trabalho por conta própria, não serão demitidos e receberão ajuda de custo mensal de R$ 140. Já para os empregados que não aderirem, a empresa dará os devidos direitos trabalhistas e cestas básicas por um ano.
Em 2011, conforme informações disponíveis no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), havia 18 fábricas do Grupo Vulcabras/Azaleia na região de Itapetinga, polo calçadista. A companhia é detentora das marcas Azaleia, Dijean, Olympikus, Opanka, Under Armour e Botas Vulcabras.
No seu site, a empresa informa que possui 14 mil funcionários distribuídos em duas unidades produtivas no Nordeste, uma em Horizonte, no Ceará, e outra em Itapetinga. Os calçados das marcas do grupo são vendidos em mais de 12 mil pontos comerciais do país, além de outros 20 países, com lojas próprias no Peru, Colômbia e Chile.
Outra fábrica parou máquinas e demitiu esta semana
Uma unidade da fábrica de calçados Ramarim, localizada em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, anunciou, nesta terça-feira (26), o encerramento das atividades. Devido ao fechamento, relacionado à crise causada pela pandemia, há informações prévias de que mais de 300 funcionários foram demitidos. A indústria pertence a um grupo gaúcho e tinha sido instalada há apenas cinco anos.
Em nota a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE) informou que está acompanhando o anúncio. A secretaria teve uma reunião com executivos da empresa, que justificaram que a “interrupção” foi necessária, mas que os direitos trabalhistas dos empregados serão respeitados. A unidade empregava cerca de 400 funcionários.
A companhia também afirmou à SDE que há possibilidade de transferência de alguns funcionários para as duas unidades fabris de Jequié, onde será concentrada a produção da marca. A secretaria lamentou os desligamentos dos funcionários e disse que, numa perspectiva de melhoria do mercado pós-pandemia, será avaliada a possibilidade de retorno da operação na fábrica.
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