O estado do Pará confirmou nesta quarta-feira (22/2) o primeiro caso de “vaca louca” nome popular dado a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). A informação foi passada pela A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará em nota.
Segundo a agência, o caso ocorreu em uma propriedade com 160 cabeças de gado, que foi isolada pelo órgão. “A propriedade foi inspecionada e interditada preventivamente”, destacou a agência.
Ainda de acordo com a Adepará, os sintomas indicam que o caso se trata de uma forma atípica da doença, ou seja, que surge de forma espontânea no animal, sem risco de disseminação no rebanho nem ao ser humano.
“Para confirmar esta situação de isolamento e controle, amostras foram enviadas para laboratório no Canadá para tipificação do agente, se (se trata da forma) clássica ou atípica (da doença)”, acrescentou a agência na nota.
A Adepará informou ainda que o governo estadual está em contato permanente com o Ministério da Agricultura. Na última segunda-feira, o ministério havia informado sobre a existência do caso suspeito, que havia sido submetido à análise laboratorial para a confirmação.
De acordo com fontes, trata-se de um animal de oito a nove anos, o que seria mais um indício de caso atípico, pois a EEB costuma se manifestar naturalmente em animais mais velhos. Com informações do Estadão Conteúdo.
Doença da vaca louca
A doença afeta o cérebro de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos e pode ser transmitida por meio da ingestão de carne contaminada.
O Brasil é considerado um território de risco insignificante para a ocorrência da doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
O país registrou apenas alguns casos isolados da doença nas últimas décadas, que foram controlados e eliminados.
Os últimos casos de vaca louca no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso, e foram considerados atípicos.
A doença da vaca louca ficou conhecida mundialmente após um surto no Reino Unido durante os anos 1990, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país.
A enfermidade pode levar seres humanos à morte, por isso há um controle sanitário rígido para prevenir e controlar os casos relacionados à patologia.
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