A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta quarta-feira (04/9) que corrigiu a bandeira tarifária a ser aplicada em setembro, depois de anunciar na sexta (30/8), a bandeira vermelha 2, tornando a energia mais cara. Agora, com a revisão, será fixada a bandeira vermelha patamar 1, que resulta em um acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.
De acordo com a agência, correções foram feitas pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) após ser encontradas inconsistências nos dados apresentados que resultou no aumento. A Aneel aplicaria em setembro a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara entre todas as existente, que tem o acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.
Após a repercussão do aumento, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, falou sobre uma possível revisão nos dados. Segundo o ministro, os reservatórios brasileiros tem o dobro do nível da última vez que a bandeira vermelha patamar 2 havia sido acionada, em 2021.
A ativação da bandeira vermelha é necessária para compensar o custo elevado do acionamento das usinas termelétricas, cuja operação é mais cara. O ONS recomendou no final de agosto a ativação dessas usinas para garantir a disponibilidade de energia elétrica em meio à queda nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas.
“Esse cenário de escassez de chuvas, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, faz com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passem a operar mais. Portanto, os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF (risco hidrológico) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD)”, afirmou a Aneel ao justificar a aplicação da bandeira vermelha no fim de agosto.
Além da escassez de chuvas, as ondas de calor também têm impulsionado o consumo de energia, devido ao maior uso de aparelhos de ar-condicionado. Esse aumento na demanda energética agrava a situação, especialmente em períodos de temperaturas elevadas.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar aos consumidores os custos variáveis na geração de energia no Brasil. A bandeira verde sinaliza que não há custo extra, a amarela indica condições de geração menos favoráveis, e a vermelha aponta um aumento significativo no custo devido às condições desfavoráveis de geração.
A sequência de bandeiras verdes na conta de luz, iniciada em abril de 2022, foi interrompida em julho com o anúncio da bandeira amarela devido à previsão de chuvas abaixo da média. No entanto, em agosto, a bandeira verde foi retomada devido ao aumento das chuvas na região Sul, conforme informado pela Aneel.
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