Resumo
- Foram mais de 200 trabalhadores resgatados em ação da PF e MTE
- Maioria dos trabalhadores são da Bahia e nove são gaúchos
- Ao todo foram cinco ônibus que seguiram escoltados pela PF
- Trabalhadores serão indenizados, afirmou MTE
O Ministério Público do Trabalho e Emprego (MTE) ordenou que os mais de 200 trabalhadores que foram resgatados de trabalho análogo a escravidão em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul (RS), fossem encaminhados para suas casas. O comboio partiu com destino a Salvador nesta sexta-feira (24/2).
O auditor fiscal do MTE, Gerson Soares, afirmou que 198 resgatados são da Bahia e nove são gaúchos. Eles ganharão um adiantamento para custear os gastos no trajeto para casa. “Ainda não foi acertado formalmente todos os detalhes dos cálculos indenizatórios, porém está tudo em andamento. Além disso, os órgãos de assistência social da Bahia e do Estado já estão os aguardando para oferecer todo o suporte necessário”, destaca o auditor fiscal.
Os trabalhadores aguardavam o retorno para casa em um ginásio provido pela prefeitura de Bento Gonçalves. Eles ficavam em cadeiras e colchonetes esperando ansiosamente para voltar para casa. Segundo uma fonte, era possível ouvir gritos de alegria das pessoas depois de receber a informação do MTE de que voltarão para suas casas. Ao todo, cinco ônibus foram usados.
O Jornal do Sisal revelou que além de Salvador existem trabalhadores de Feira de Santana e de Serrinha, na Região do Sisal, na Bahia. Eles estão sendo acompanhados pela Polícia Federal (PF) até a capital baiana, de onde seguirão para suas famílias.
O principal responsável por mantê-los em condições análogas a escravidão é um empresário natural de Valente, também no território sisaleiro baiano. Pedro Santana, 45 anos, chegou a ser preso, porém ficou apenas dez horas na delegacia prestando depoimento a PF e foi solto depois de pagar fiança.
Siga o Jornal do Sisal no Google News e seja alertado quando uma notícia na sua região for postada. Clique aqui!
Comentários