Silas Malafaia cobra respostas a Moraes sobre auditoria argentina

O pastor Silas Malafaia publicou um vídeo em seu canal no Youtube nesta sexta-feira (04/11), cobrando respostas a Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sobre uma auditoria realizada por um grupo argentino que aponta suposta fraude nas eleições.

“O senhor é obrigado a vir a público e trazer respostas. O supremo poder é o povo. Eu quero e preciso de respostas como qualquer brasileiro”, disse o pastor. “Não quero ser leviano, nem precipitado e nem injusto, mas eu tenho responsabilidade com milhões de brasileiros que me questionam”, disse.

Malafaia, um dos maiores apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), chegou a afirmar que não pode deixar o Brasil entrar em uma “convulsão social e política”.

Assista ao vídeo:

Nesta sexta, um grupo de argentinos realizou uma transmissão ao vivo no canal La Derecha Diário onde apresenta uma série de documentos expondo supostos erros nas eleições. Apresentado por Fernando Cerimedo, controlador do canal, o argumento é que cinco modelos de urnas registraram mais votos para Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito no último domingo (30/10). Segundo ele, estes modelos não foram submetidos a testes de segurança. Apenas as urnas de 2020 teria passado pelo crivo de peritos de universidades federais e das Forças Armadas.

O vídeo chegou a ter 412 mil visualizações e foi compartilhado no Youtube e Twitch, mas os serviços tiraram do ar por se tratar de uma informação falsa.

No entanto, o TSE já afirmou que todas as urnas passaram por testes de universidades e das Forças Armadas. As usadas nas eleições de 2018, quando Bolsonaro foi eleito, também passaram pelos testes, segundo informação do tribunal.

O perfil do vereador Nikolas Ferreira, deputado mais votado Brasil, foi suspenso no Twitter depois que compartilhou a informação. O futuro deputado também questionou o Moraes sobre as auditorias nas urnas, mas o ministro ainda não se posicionou. O Twitter afirmou que cumpriu decisão do TSE.