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Moro após divulgação da reunião ministerial: “A verdade foi dita”

Moro denunciou Bolsonaro interferir na Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro e apontou o vídeo da reunião como prova.

Adriano Machado/Reuters
  • Por Micael Levi

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    O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, usou o Twitter para se posicionar sobre a liberação do vídeo da reunião da ministerial de 22 de abril organizada pelo presidente Jair Bolsonaro. Moro denunciou Bolsonaro interferir na Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro e apontou o vídeo da reunião como prova.

    “A verdade foi dita, exposta em vídeo, mensagens, depoimentos e comprovada com fatos posteriores, como a demissão do DIretor Geral da PF e a troca na superintendência do RJ. Quanto a outros temas exibidos no vídeo, cada um pode fazer a sua avaliação”, escreveu o ex-juiz.

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    A gravação liberada nesta sexta-feira (22/05), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, mostra que Bolsonaro tentou interferir na corporação. O chefe do Executivo ainda disse que se precisasse mudaria até o ministro para “proteger familiares e amigos”.

    “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar fuder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o Ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira”, disse Bolsonaro.

    “Me desculpe o serviço de informação nosso – todos – é uma vergonha, uma vergonha, que eu não sou informado, e não dá para trabalhar assim, fica difícil. Por isso, vou interferir. Ponto final. Não é ameaça, não é extrapolação da minha parte. É uma verdade”.

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