A deputada da Venezuela Maria Iris Varela, sancionada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e proibida de entrar no Brasil, driblou a fronteira e está em solo brasileiro. Ela foi recebida pelo Congresso Nacional nesta terça-feira (11/5).
Ela que é vice-presidente da Assembleia Nacional venezuelana e foi ministra de Assuntos Penitenciários de Nicolás Maduro faz parte de uma comitiva que o presidente venezuelano enviou para o Brasil para se reunir com parlamentares.
A deputada é acusada pela OEA de crimes de corrupção e violação de direitos humanos. Segundo as evidências da organização, quando ministra responsável pelo Sistema Penitenciário fez aliança com lideranças criminosas em presídios para perseguir opositores ao regime ditatorial de Maduro. Além de ser acusada pelo Tribunal de Haia de crimes contra a humanidade, como casos de tortura contra presos políticos em unidades prisonais civis.
O Brasil chancelou as sanções da OEA contra a ex-ministra e outros 28 venezuelanos em 2019, sendo assim, se comprometeu em impedir a entrada dos acusados e, caso localizasse em seu território, poderia prendê-los e extraditá-los.
Porém, a parlamentar ultrapassou as fronteiras tranquilamente no último domingo (08/5) e se encontrou com deputados brasileiros nesta terça, no Congresso. Ela pousou ao lado do vice-presidente da Casa, Marcelo Ramos (PSD-AM) e dos senadores Humberto Costa (PT-PE), Paulo Rocha (PT-PA) e Chico Rodrigues (União Brasil-RR).
Ramos informou que recebeu Maria Irís sem saber das sanções internacionais. “Eu recebi a deputada numa comitiva em que havia outros parlamentares, inclusive opositores do governo”, disse. Ele ainda afirmou que audiência foi proposta após pedidos dos deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e o senador Chico Rodrigues (União-RR).
A agenda oficial da deputada para esta terça previa uma discussão sobre a participação da Venezuela no Parlamento do Mercosul. Por ser expulsa do Mercosul, a Venezuela não faz parte do Parlasul.
Nesta quinta, a principal apoiadora de Maduro deve se encontrar com lideranças e parlamentares do PT e do PSOL na Embaixada da Venezuela, ocupada por pessoas de confiança do presidente venezuelano e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
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