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Coronavírus: Com altos números de mortes em Manaus, cemitério entra em colapso

A prefeitura instalou dois frigoríficos para armazenar os corpos na fila de espera. No último domingo, foram registrados 122 mortes.

BRUNO KELLY / REUTERS
  • Por Micael Levi

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    A grande quantidade de mortos por coronavírus em Manaus (AM), fez com que o cemitério Nossa Senhora Aparecida, mais conhecido em Tarumã, ficar sobrecarregado. As autoridades buscam meios de controlar a situação.

    A covid-19 no estado está fazendo mais de 100 óbitos por dia. No último domingo (19/04), foram 122 mortes registradas pela Secretaria de Saúde do estado.

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    Em um vídeo, segundo o jornal o Globo, mostra um grande número de agências funerárias entrando no cemitério fazendo longas filas. Como o local não consegue atender a todos óbitos ao mesmo tempo, a espera cresceu. O presidente do Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Amazonas, Manuel Viana, confirmou o quadro retratado no vídeo.

    – Antes do coronavírus, a média aqui era de 30 sepultamentos por dia. O setor funerário tinha feito uma projeção de que estaríamos em abril com algo em torno de 50 e poucos óbitos por dia. Mas só neste domingo morreram 122. Na terça da semana passada (dia 14) foram 102. Desde então, este número só cresceu.

    Ainda segundo a publicação, para encontrar soluções para a crise de mortes, o governo de Manaus criou um comitê de crise para óbitos formado por membros do setor funerário e algumas secretarias. A primeira medida para tentar conter o caos no Tarumã é o aumento do número de funcionários.

    O serviço SOS Funerária criado pela prefeitura chegou ao seu esgotamento na semana passada. A prefeitura, então, recorreu às funerárias particulares, que agora se revezam diariamente para suprir esta ausência. Foi instalado pela prefeitura dois frigoríficos para armazenar os corpos da fila de espera. Na semana passada foram abertas novas covas.

    Nesta segunda (20/04), a Secretaria Estadual de Saúde registrou mais três óbitos por covid-19, totalizando 185 desde o início da pandemia. Só que, além da defasagem nas confirmações, nem todos os casos chegam a ser testados. Logo, as autoridades não conseguem contabilizar todos as mortes que chegam ao Tarumã dia após dia.

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