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Citações nazistas: As vezes que o governo Bolsonaro já usou frases da Alemanha Nazista

Nesta quarta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, citou a “Noite dos Cristais” para criticar uma operação da PF. Mas não foi só ele que fez referência à Alemanha Nazista

Arte/Jornal do Sisal
  • Por Micael Levi

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    O ministro da Educação, Abraham Weintraub, comparou na última quarta-feira (27/05), o Holocausto a uma operação da Polícia Federal que apura um esquema ilícito de propagação de notícias falsas.

    A fala de Abraham foi repudiada pelo Comitê Judaico Americano. Acontece que não foi só Weintraub que no governo Bolsonaro fez citações nazistas.

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    Roberto Alvim

    Reprodução

    Foi em janeiro que o até então secretário especial da Cultura, Roberto Alvim usou a fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda na Alemanha Nazista, para anunciar o Prêmio Nacional das Artes. A pasta está ligada ao Ministério do Turismo, chefiado por Marcelo Álvaro Antônio.

    “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse Alvim.

    A fala foi provocou reações e resultou na demissão de Alvim. Até o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu o afastamento imediato de Alvim. Ele foi substituído pela atriz Regina Duarte.

    “Arbeit macht frei”

    Reprodução/Wikicommons

    Ao publicar um vídeo para criticar a imprensa brasileira sobre os ataques ao governo Bolsonaro, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência utilizou a frase “Arbeit macht frei”, ou “O trabalho liberta”, em tradução livre, que estampava os portões do campo de concentração nazista de Auschwitz.

    Após a repercussão negativa, o chefe da Secom, Fabio Wajngarten, negou que o texto faça referência ao nazismo e repudiaram a associação.

    “Repudiamos veementemente qualquer associação desta postagem com quaisquer ideologias totalitárias e genocidas. O Estado Brasileiro sempre foi um grande parceiro da comunidade judaica, bem como do Estado de Israel, como provam os fatos, para além das ilações forçadas e maldosas”, diz a Secom em resposta ao post publicado anteriormente.

    Abraham Weintraub

    Marcelo Camargo/Agência Brasil

    O ministro da Educação (MEC) usou o Twitter para comparar o Holocausto a uma operação da Polícia Federal que apura um esquema ilícito de propagação de notícias falsas.

    “Hoje foi o dia da infâmia, vergonha nacional, e será lembrado como a Noite dos Cristais brasileira. Profanaram nossos lares e estão nos sufocando. Sabem o que a grande imprensa oligarca/socialista dirá? SIEG HEIL!”, disse em rede social nessa quarta-feira (27/05).

    A batizada de “Noite dos Cristais” marcou a marcou o início da investida da Alemanha Nazista contra o povo judeu. Nesse dia, no país sob domínio de Adolf Hitler, foram queimadas 256 sinagogas, destruídos cerca de 7 mil estabelecimentos comerciais e quase 100 judeus foram assassinados pelo aparato nazista. A data marcou o início da perseguição em massa que resultou no genocídio de mais de 6 milhões de pessoas.

    O Comitê Judaico Americano repudiou a fala do ministro: “Basta! O reiterado uso político de termos relacionados ao Holocausto por autoridades do governo brasileiro é profundamente ofensivo ao mundo judeu e insulta as vítimas e sobreviventes do terror nazista”, afirmou o comitê, um dos mais importantes nos Estados Unidos.

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