A advogada baiana Érica Priscilla da Cruz Vitorino foi presa nesta segunda-feira (21/10) sob suspeita de envolvimento em um esquema que facilitava a comunicação ilícita de criminosos com um líder de organização preso no Complexo da Papuda, em Brasília. A prisão ocorreu na cidade de Serrinha, na região sisaleira da Bahia, onde Érica reside.
De acordo com as investigações da Operação Cravante, coordenada pela Polícia Federal, o esquema permitia que indivíduos se passassem por advogados para realizar videochamadas com o chefe da organização criminosa, que está encarcerado na Papuda.
Entre os alvos da operação, além de Érica, está Jackson Antônio de Jesus Costa, conhecido como “Caboclinho”, acusado de liderar uma facção na Bahia. Ele também é apontado como responsável pela morte do policial federal Lucas Caribé, assassinado em setembro de 2023, durante uma operação policial em Salvador.
Érica Vitorino é companheira de Marlos Araújo Souza Junior, conhecido como “Bolão” ou “CRM”, que está preso no Conjunto Penal de Serrinha e é considerado um dos detentos de maior periculosidade do sistema prisional baiano. Além de Érica, outras seis pessoas foram presas, e nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e na Bahia.
A advogada foi alvo de uma prisão temporária de 30 dias, com possibilidade de prorrogação, e teve seu exercício profissional suspenso conforme previsto no artigo 319, inciso VI, do Código de Processo Penal. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Bahia, informou que acompanha as prisões que ocorrem em Salvador, mas não comenta processos disciplinares, que correm sob sigilo.
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